quinta-feira, 11 de junho de 2009

Politicos profissionais

Não acredito em políticos profissionais. Alguém que passou toda a sua vida a viver nos corredores políticos sem conhecer realmente os problemas da sociedade.
Não entendo como se pode ter uma ministra da educação que não conhece as escolas deste país, um ministro da cultura que não vai ao teatro nem acompanha o cinema e uma ministra da saúde que só conhece os hospitais privados, e ainda um primeiro-ministro que não conhece o país que tem.

Precisamos de gente séria, que viveu como nós, só pessoas que conhecem a sociedade em toda a plenitude podem governar em toda a plenitude. Não se pode continuar a aceitar que um primeiro-ministro continue a governar sem na verdade se aproximar do seu povo, não se pode aceitar que um primeiro-ministro continue a ir às escolas cercado de seguranças e a falar para meia-dúzia de jovens que não são mais que os escolhidos nos quadros do seu partido. Não se pode aceitar que uma ministra continue a encerrar hospitais e centros de saúde tendo por base números e gastos e sem saber realmente quais as condições em que vive determinada população. Não se pode aceitar que o ministério da educação use a mesma bitola para as escolas privadas de elite e para as escolas publicas de bairros sociais.

É necessário neste momento uma politica de proximidade, proximidade às populações e aos problemas, proximidade às pessoas. Não necessitamos mais de políticos profissionais que apenas se servem, precisamos de políticos capaz de servir o seu povo, independente de raça, credo ou estrato social. Necessitamos de um estado socialista, em que a educação seja vista como uma regalia que o povo recebe e não uma obrigação, precisamos de um estado em que a saúde seja acessível a todos, sem filtragens absurdas e filas intermináveis, precisamos de cultura para educar o povo.
Não queremos mais políticos profissionais que apenas trabalham em prol de eles mesmo, não precisamos de chefes, doutores, gestores, mandadores que recebem milhões para gerir as nossas vidas sem sequer as conhecerem.

Queremos gente como nós a governar-nos.

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